
Apesar da pouca condição financeira dos meus pais, ambos vinham de famílias humildes, eles eram pessoas que se esforç

Sempre doentinha, vivia sob os cuidados da minha família. Comecei a estudar com 04 anos numa escola que ficava próxima a minha casa. Era uma escola mantida pelo Estado de nome C.S.U. (Centro Social Urbano), que atendia crianças da pré-escola. Adorava ir para a essa escola. Lembro-me das músicas, das brincadeiras de roda, as atividades e de um parquinho da escola com roda e uma

Ao iniciar o Ensino Fundamental mudei de escola, que também ficava no mesmo bairro onde morava. Já estava lendo. Hoje percebo que apenas decodificava. Recordo-me da decoreba do alfabeto maiúsculo e minúsculo da 1ª unidade como requisito para a conclusão do ciclo da alfabetização. E nas outras séries a decoreba da tabuada como sendo requisito para aprovação. Fiz todo o Ensino Fundamental até a 4ª série nesta Escola Estadual Menandro Minahim. Não consigo me lembrar de nenhum momento prazeroso de leitura a não ser das leituras enormes do livro didático com suas interpretações que nem mesmo as professoras sabiam do que se tratava. Lembro-me das provas e testes que nos faziam suar de medo e das ameaças da professora caso olhássemos para os colegas. Sentávamos nas carteiras enfileiradas sem nenhuma possibilidade de interação aluno\aluno e professor\aluno. O professor era o detentor do conhecimento e nós meros ouvintes.
Uma pré-adolescente muito tímida, aos 11 anos chega ao ginásio. Tinha cara de doente e andava com os olhos sempre ir

Com 17 anos conclui o magistério no ano de 1995. Meus pais ficaram orgulhosos de mim. Não pretendia seguir a carreira de professora, mas eis que veio a oportunidade. Após concurso público em fevereiro de 1996, ingressei no quadro de professores do município de Jaguaquara passando desde então a atuar em diferentes funções: vice-diretora, professora do Ensino Fundamental I e II, Diretora e Supervisora Escolar. Atualmente estou como coordenadora do Ensino Fundamental do município. A experiência obtida ao trabalhar em escolas do município por nove anos consecutivos e os desafios da realidade foi determinante, para a escolha do Curso de Pedagogia, pois senti a necessidade de buscar conhecimento teórico para fundamentar a minha prática pedagógica. Ingressei na Universidade em 2006 e no decorrer do percurso estive a cada semestre tendo a certeza de estar no caminho certo. E por diversas vezes pude confiantemente falar da minha certeza com colegas e professores, pois este correspondeu as minhas expectativas.
Ter a possibilidade de fazer o curso de pedagogia atuando na área da educação me possibilitou fazer reflexões acerca da construção e reconstrução do meu fazer pedagógico, questionando constantemente a minha prática cotidiana que se constituía e se constitui no único meio capaz de me fazer refletir para mudar, intervindo na realidade, como instrumento de mudança, capaz de pensar a educação como ela deve se constituir de fato, uma prática de\para liberdade. A necessidade de unir teoria e prática esteve e está como um desafio proposto para mim. O curso de Pedagogia me ensinou que o conhecimento e o autoconhecimento são chaves fundamentais para que possamos exercer a nossa profissão com serenidade e sabedoria. Não é tarefa fácil, pois mexer com nossos sentimentos, enfrentar nossos monstros pessoais gera ansiedade e receio, mas é necessária essa busca interior. Hoje posso afirmar que o ser humano Letícia se tornou uma pessoa melhor, mais segura e feliz.
Nestas últimas décadas a universalização da educação básica e conseqüentemente a expansão das redes públicas de ensino obrigaram educadores a reverem sua própria prática e a buscar novos rumos para a educação. Diante desse panorama educacional, percebo que o modelo de escola de 30 anos atrás que muitos temem em manter não corresponde mais aos interesses dos nossos alunos de hoje. É preciso rever o sistema escolar com seus métodos destinados a aprendizagem, seus sistemas avaliativos para atender alunos com características individuais.
Ao longo de minha Carreira profissional, muitas vezes tive dúvidas sobre como ajudar os meus alunos nas suas dificuldades. Fui testando e pesquisando daqui e dali, observando e dialogando com outros professores. Nesse percurso perdi angústias e medos, assim como ganhei segurança, maturidade e desenvolvi algumas capacidades para entender cada caso de maneira diferenciada. A todo o momento estive buscando vivenciar, estudar e teorizar a própria prática alargando o meu olhar de pesquisadora, tomando o objeto de trabalho como instrumento de pesquisa, transformando o espaço escolar e, especificamente a sala de aula, como um laboratório vivo e real. Como advoga Vasconcelos (2004), “o professor é também um pesquisador. [...] ora, como sabemos, os desafios do cotidiano escolar são graves por demais; portanto para enfrentá-los com competência, o educador precisa estar sempre estudando, lendo, buscando”.
Ter a possibilidade de fazer o curso de pedagogia atuando na área da educação me possibilitou fazer reflexões acerca da construção e reconstrução do meu fazer pedagógico, questionando constantemente a minha prática cotidiana que se constituía e se constitui no único meio capaz de me fazer refletir para mudar, intervindo na realidade, como instrumento de mudança, capaz de pensar a educação como ela deve se constituir de fato, uma prática de\para liberdade. A necessidade de unir teoria e prática esteve e está como um desafio proposto para mim. O curso de Pedagogia me ensinou que o conhecimento e o autoconhecimento são chaves fundamentais para que possamos exercer a nossa profissão com serenidade e sabedoria. Não é tarefa fácil, pois mexer com nossos sentimentos, enfrentar nossos monstros pessoais gera ansiedade e receio, mas é necessária essa busca interior. Hoje posso afirmar que o ser humano Letícia se tornou uma pessoa melhor, mais segura e feliz.

Nestas últimas décadas a universalização da educação básica e conseqüentemente a expansão das redes públicas de ensino obrigaram educadores a reverem sua própria prática e a buscar novos rumos para a educação. Diante desse panorama educacional, percebo que o modelo de escola de 30 anos atrás que muitos temem em manter não corresponde mais aos interesses dos nossos alunos de hoje. É preciso rever o sistema escolar com seus métodos destinados a aprendizagem, seus sistemas avaliativos para atender alunos com características individuais.
Ao longo de minha Carreira profissional, muitas vezes tive dúvidas sobre como ajudar os meus alunos nas suas dificuldades. Fui testando e pesquisando daqui e dali, observando e dialogando com outros professores. Nesse percurso perdi angústias e medos, assim como ganhei segurança, maturidade e desenvolvi algumas capacidades para entender cada caso de maneira diferenciada. A todo o momento estive buscando vivenciar, estudar e teorizar a própria prática alargando o meu olhar de pesquisadora, tomando o objeto de trabalho como instrumento de pesquisa, transformando o espaço escolar e, especificamente a sala de aula, como um laboratório vivo e real. Como advoga Vasconcelos (2004), “o professor é também um pesquisador. [...] ora, como sabemos, os desafios do cotidiano escolar são graves por demais; portanto para enfrentá-los com competência, o educador precisa estar sempre estudando, lendo, buscando”.
Dessa forma, tornou-se mais fácil e prazerosa e menos aflitiva a minha missão de educadora. O conhecimento e o autoconhecimento me comprometem com uma prática mais elaborada e mais competente. Sei que não sou dona da verdade, não domino todas as informações que estão à disposição dos meus alunos, mas posso ser referência de conduta, de ética, de afetividade e de amor por esta profissão.
